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segunda-feira, 28 de março de 2011

Sobre o filme "Meu malvado favorito"

Desprezível, eu?!

(Despicable me)


Nós, seres do sexo masculino, somos malvados. Somos todos
muito malvados. Contudo, o mais surpreendente, é que, ainda
assim, Deus nos dá filhos! Claro que, na maioria das vezes e por
quase todo tempo, não sabemos como nos portar, como
segurá-los, o que dizer, o que fazer com essas crianças que nos
obrigam a olhar para elas, desafiando-nos diariamente a sair da
nossa zona de conforto e olhar noutra direção que não seja
apenas o nosso próprio umbigo. É sobre isso que trata o filme
infantil - infantil mesmo - que, num dia desses, assistimos todos
juntos aqui em casa: "Meu malvado favorito" ("Despicable me",
que seria traduzido assim: eu, desprezível).




O personagem “Gru” foi criado pela mãe autoritária e indiferente
a ele (não há a figura paterna). “Gru” persegue, desde criança,
seu sonho, mas sempre procurando a aprovação materna. Todavia,
todo esse seu esforço se revela inútil, pois ela despreza os sonhos
do filho. Logo, com uma criação dessas, como poderia "Gru" se sair
bem como pai? E ainda por cima, pai de três meninas de uma vez?!
Ele não aprecia histórias infantis, não gosta de contá-las, não sabe
segurar na mão de crianças e, muito menos, dar beijo de boa-noite
e - evidentemente - nem dizer “eu te amo”. Enfim, o nosso herói é
realmente um adulto desprezível!



Ser pai é um aprendizado. Ser pai é sempre um dia depois
do outro. E a grande descoberta de “Gru” é que a beleza
do amor está em você decidir amar a quem, com toda
liberdade, decidiu amar você também. “Gru” decidiu amar
aquelas três menininhas que viraram sua vida de cabeça para
baixo, principalmente invertendo valores estranhos que
existiam na vida dele. Elas aparecem assim repentinamente,
sem aviso prévio e vendendo biscoitos à porta da casa dele.
A mais nova das meninas tem um nome sugestivo: Agnes (anjo).
Assim, eu poderia dizer que é em uma dessas visitas
imprevisíveis de Deus que, de modo bem parecido, tudo pode
mudar em nossas vidas também. Eu creio!




É possível, sob outra perspectiva, que nós, homens, ainda que
tendo um “Gru” morando dentro de nós (e que passa o tempo
todo sonhando em roubar a lua só para suprir nossas demandas
mais infantis), venhamos a descobrir, finalmente, que o maior
sonho a ser realizado é o de decidir amar nossos filhos, assim
como um dia Deus nos amou primeiro. No caso do filme, amar
assim como as meninas o amaram primeiro: apesar daquela
careca, do nariz esquisito e da aparência um tanto quanto
grotesca (“Gru” é um diminutivo em inglês da palavra
"gruesome", que quer dizer "repugnante"). No meio do filme,
uma das meninas diz para a outra que “Gru” dá medo nela, mas,
diante dessas palavras, a pequena Agnes, depois de um momento
de reflexão, devolve: “Igual o Papai-Noel”! Talvez porque sejamos
todos isso mesmo: um misto de coisa alguma com alguma coisa
maravilhosa demais para se compreender; seres totalmente
depravados, mas, ainda assim, com a maravilhosa imagem de Deus
plantada em nós.



Filme é sempre algo muito pessoal, uns gostam outros não. Mas
“Meu malvado favorito” falou de uma maneira muito especial
para mim, por causa dos temas que aborda: adoção, baixa
auto-estima, julgamento, descobertas, conquistas, paternidade.
Sou pai de duas lindas princesas e tenho descoberto que, apesar
do “Gru” que ainda mora aqui dentro de mim, elas me veem de
uma maneira toda especial. E, por isso mesmo, elas me fazem
querer, cada vez mais, ser um pai melhor para elas. Dica? Um
filme para se ver com toda a família, sem esquecer da pipoca
e do refri, claro.